sexta-feira, 4 de setembro de 2009


MINHA HISTÓRIA...


Agora que está cada vez mais próximo o inicio de mais uma etapa tão importante na minha vida que será o estágio e assim concluir o curso de Pedagogia, vai dando um friozinho na barriga...
Por isso vou contar um pouco da minha trajetória de vida até aqui. Eu nasci em 21 de março de 1980. Minha família que é o meu alicerce é composta por meu pai que se chama Laudomiro, minha mãe Eliene e minha irmã Milena. Nasci no Rio de Janeiro e vivi por lá até os 18 anos, lembro um pouco das escolas que estudei. Fui alfabetizada no método tradicional, onde as professora chamávamos de “Tia”. A relação professor aluno na minha época de alfabetização era legal até porque com as chamadas “tias” parecia que era mais uma pessoa da nossa família.
Estudei meu o ensino fundamental (1ª a 4ª série) em escola particular no Rio de Janeiro e o antigo ginásio (de 5ª a 8ª série) também, que se chamava Colégio Independência. Me recordo também que fiz caligrafia de 1ª a 4ª série, por isso minha letra sempre foi bem redonda e grande. Me lembro também de um professor de matemática chamado Juarez, eu aprendi a gostar de matemática com ele, e olha que todos diziam que ele era terriiiiivel!!!Que nada! Ele me marcou de forma positiva!
Quando pensamos em método tradicional de alfabetização pensa-se também como eram feitas as avaliações, nas terríveis provas...um atrás do outro, em fila, nada de olhar pro lado, nem de pedir nada emprestado do colega. Nada mudou, várias concepções de ensino-aprendizagem surgiram, como pude aprender nesses semestres anteriores, mais a tal da avaliação...ahhhh essa com certeza não mudou, até aqui na Universidade ainda é assim. A avaliação era concebida de forma excludente e classificatória, mas como afirma Regina Haydt(2004, p.28) “ A avaliação não é um fim, mas um meio: para aluno, é um meio de corrigir os erros e fixar as respostas certas: para o professor, é um meio de aperfeiçoar seus processos de ensino”
Os alunos não são somente receptores de um saber, mais construtores dele também. O professor não é o detentor do saber, mais um mediador, que junto com os seus alunos pode construir uma visão mais critica de tudo e assim um conhecimento mais significativo! Com certeza o acesso a escola hoje é mais fácil, porém a qualidade depende daqueles profissionais comprometidos com a sua práxis e acima de tudo amar o que faz. “Não há educação sem amor. O amor implica luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados não pode educar. Não há educação imposta, como não há amor imposto. Quem não ama não compreende o próximo, não o respeita.” FREIRE (1997, p.29)
No antigo segundo grau novamente estudei em uma escola particular no Colégio São Sebastião, meus pais sempre fizeram sacrifícios pra que eu minha irmã tivéssemos uma boa educação, minha mãe sempre diz que a única coisa que não podem tirar da gente é o conhecimento, que este carregamos conosco pro resto da vida! E hoje vejo que ela está certa, aliás, ela SEMPRE está certa!!! Pois é continuando fiz o 1º ano e o 2º ano do segundo grau no Rio de Janeiro, mais foi em 1998 no meu último ano, que meus pais resolveram vim morar aqui em Jequié. Foi um ano muito difícil pra mim, pois não aceitava viver longe dos meus amigos, e de tudo que havia construído e queria construir lá no Rio.
Terminei o segundo grau no Colégio Estadual Luis Viana Filho, como disse foi um ano difícil, não tinha muita vontade de estudar, e sinceramente nem sei como passei! E assim fiquei por algum tempo. Mais graças a Deus tenho uma família que sempre me ajuda e ajudou, não estou falando somente dos meus pais, mais tenho tios que sempre acreditaram e me incentivaram a estudar, e me aconselhava que esse é o melhor caminho pra conquistar tudo que almejamos de melhor nesta vida. E aí comecei a fazer cursinho, e prestar vestibular. Tentei 3 vezes, e somente no quarta vez consegui. Mais um ano antes de conseguir passar perdi uma tia (tia Elita), que tanto me ajudou e incentivou a estudar, foi um dos piores anos da minha vida!! Mais finalmente consegui passar no tão temível vestibular.
A escolha do curso Pedagogia foi mais por influência de minha mãe do que uma opção própria, porém, desde que me propus a cursar sempre tentei e me esforcei para fazer o melhor. Os primeiros semestres foram os mais difíceis, o convívio com novos colegas, com teorias e professores diferentes, os primeiros trabalhos, as primeiras aulas, enfim, tudo novo assusta, porém sempre procurei fazer e aprender tudo o quer nos foi passado.
Apesar de desde o 1º semestre já ter em mente que não era isso que queria continuei no curso, contudo e hoje quase no fim do curso sei que ganhei conhecimentos e enriquecimento pessoal, só por isso já valeu a pena ter feito o curso.
Algumas disciplinas marcaram esse meu período acadêmico e foram de grande valia para a ampliação do meu conhecimento e crescimento pessoal. Com as disciplinas de Psicologia aprendi a ser mais compreensiva, flexível, a olhar além das aparências externas. Com as disciplinas de História da Educação I e II, refiz todo o meu histórico escolar agora com um olhar novo, com fatos da história que antes não tinha tanta importância e refletindo sobre a educação que me foi oferecida de uma maneira mais crítica. “A história é a interpretação da ação transformadora do homem no tempo. A pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural.” ARANHA(1996, p.15)
Outra disciplina essencial na minha formação com certeza foi a Avaliação da Aprendizagem onde nos mostrou através de muitas discussões riquíssimas em sala de aula, que a avaliação não é sinônimo de prova ou teste, não é somente uma prática que se utiliza através de notas classificatórias e excludente, mas que através de avaliações (diagnóstica, formativa e somativa) pode-se estar avaliando não somente o aprendizado dos alunos como a própria práxis do educador durante todo o processo de ensino. Entre outras como: Estrutura e funcionamento da educação básica I e II, a disciplina Didática e as metodologias foram onde compreendi sobre questões da prática pedagógica do cotidiano escolar e entendi melhor a dinâmica e ritmo de construção dos planos de aula.
Mas infelizmente tiveram aqueles professores que marcaram de forma negativa minha passagem por este curso, profissionais contraditórios que nos ensinavam uma coisa e praticavam o oposto, alguns descomprometidos mesmo com a profissão, chegando algumas vezes a irresponsabilidade. Mas ao longo da graduação nossos conceitos vão sendo “desconstruídos” e construídos novamente, proporcionando um aprendizado muito abrangente não só a nível acadêmico como também pessoal.
Mas é no estágio que embora aconteça um pouco tardio para o nosso curso que visa formar profissionais aptos ao trabalho dentro da realidade escolar, que podemos perceber todo o processo dinâmico de ensino-aprendizagem ao qual até então estávamos acostumados apenas a discutir teoricamente em sala de aula na Universidade.
Posso dizer que o contato com a prática é muito importante para a formação de profissionais seguros da função que vão desempenhar dentro da sociedade, sendo que ainda se consolida num momento rico que nos proporciona viver situações de grandes conquistas, dar contribuições para a escola em que o estágio foi realizado, aprender com os alunos, regentes e toda comunidade escolar criar vínculos de afetividade com os educandos e principalmente permite uma interação entre teoria e prática, o que se consolida como um fator importante que servirá como auxilio na escolha pelo professor da melhor maneira de atuação em determinada realidade escolar, podendo constatar de perto todos os subsídios teóricos ao qual estudou durante sua graduação. “Assim, a teoria, além de seu poder formativo, dota os sujeitos de pontos de vista variados sobre a ação contextualizada. Os saberes teóricos propositivos se articulam, pois, aos saberes da ação dos professores e da prática institucional, ressignificando-os e sendo por eles ressignificados.” (PIMENTA e LIMA, 2004, p.49)
Começar a minha experiência docente em um estágio em Educação infantil foi bem gratificante e prazeroso. Desde da disciplina Educação infantil estudada no 5º semestre que tenho afinidade com esta especificidade da educação. As crianças são verdadeiras, carinhosas, e devem ser vistas como criança e não como adulto em miniatura. Por isso a Educação infantil deve ser planejada e estruturada para crianças.
Por isso o primeiro estágio foi muito importante para mim, aprendi muito. Antes de começar foi uma ansiedade, um nervosismo, mas com o passar do tempo e com os alunos já acostumados, tudo correu bem. Foi um período cansativo e ao mesmo gratificante pois adquiri conhecimentos e valores que vão estar sempre comigo na minha trajetória profissional.
A aproximação deste novo estágio e consequentemente o final do curso uma mistura de sentimentos me invade: alegria, alívio, saudade... pois todas as experiências e os aprendizados adquiridos, com certeza vão ser levados por toda a minha vida, e por isso agradeço a todos que compartilharam comigo!!!
Deus nos abençoe!E que venha o estágio!!! Uhuhuhuhuhu




11 comentários:

  1. Legal sua história.
    concordo com você. Que venha o estágio!! E que Deus nos ajude!

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  2. Amiga, seu blog está muito criativo e animado.Que o nosso estágio possa ser tudo de bom, acredito plenamente em seu potencial.
    Beijos e sucesso!!!!!!!!

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  3. Mwninaaaaa, tu não escreveu uma historia não... escreveu um monólogooo!!! vai escrever tabto assim longeeee
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    bjoooo

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  4. ô amiga, adorei sua história!Me emocionei em parte dela e me achei em algumas, como quando vc disse sobre o seu professor de matemática que te marcou positivamente, comigo tbm foi assim!!Já agradeço a Deus pois sei que ele é poderoso para nos ajudar!!Pois que venha o ESTÁGIO, nós já estamos com a armadura para enfrentar,rsrsrsrsr

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  5. Amigaaaaaa como vc escreve bem!!!Tá lindaaaa a sua história me identifique em muitos momento.E o professore de matemática, comigo também foi muito importante!!!Vc é muito capaz minha linda!!Que Deus abençoe nosso estágio PARCEIRA !!!Beijosssss

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  6. Amigaaa como vc escreve bem, ou melhor não é novidade pois já sabia disso!!Linda a sua história, me identifuei em vários momentos. Seu blog tá lindo Chelle.
    Que Deus abençoe nosso estágio parceira!!bjsss

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  7. Chelle,

    Ao ler a sua história fico pensando nesses quatro anos convivendo juntas e nunca paramos para falar sobre as nossas histórias e todas essas reflexões sobre o curso de Pedagogia. Agora vejo a importância dessa proposta do blog do estágio, que é interagir, dialogar, nos conhecermos melhor, refletir sobre a prática etc. Que bom que estamos tendo essa oportunidade!!
    Desejo muito sucesso para você!!
    Beijos
    Lety

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  8. Chelle,

    Ao ler a sua história fico a pensar em todos esses anos convivendo com vc e nunca paramos para falar sobre as nossas histórias e todas essas reflexões sobre o curso de Pedagogia. Agora vejo a importância dessa proposta do blog do estágio, que é interagir, dialogar, nos conhecermos melhor, refletir sobre a prática etc. Que bom que estamos tendo essa oportunidade!!
    Desejo muito sucesso para você!!
    Beijos
    Lety

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  9. Chelle,

    Ao ler a sua história fico a pensar que passamos quatro anos convivendo juntas e nunca paramos para falar sobre as nossas histórias e todas essas reflexões sobre o curso de Pedagogia. Agora vejo a importância dessa proposta do blog do estágio, que é interagir, dialogar, nos conhecermos melhor, refletir sobre a prática etc. Que bom que estamos tendo essa oportunidade!!
    Desejo muito sucesso para você!!
    Beijos
    Lety

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  10. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  11. Que blog animado kkkk. Tomei um susto danado quando a música começou a tocar. É isso aí... utilizar todo o potencial da net( música, imagem etc).
    Bem...sua narrativa está muito interessante e implicada. Entretanto, senti falta de algumas reflexões mais aprofundadas sobre:
    1- a prática de alfabetização que vc vivenciou;
    2- Porque o professor Juarez te marcou tanto? Fiquei curiosa.
    Vamos as reflexões?

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